Ao criar um trabalho acadêmico ou artigos em geral, é comum utilizar ideias oriundas de outros autores na composição do texto. Mas é importante entender o conceito do que é plágio para que você não pratique, mesmo que involuntariamente.
Em cursos e universidades, é necessário que os alunos saibam como articular ideias, suas reflexões e impressões sobre um determinado assunto, e que compreenda a forma que outro autor abordou o mesmo tema.
O uso de ideias de outros autores não é uma prática proibida, o que não é correto é o plágio. Ele é considerado crime, pois viola os direitos autorais.
Por isso, vamos entender o conceito de plágio e todas as suas vertentes a seguir! Continue lendo.
O plágio é uma palavra com origem latina, que surgiu a partir da palavra “plagiarius”, que tem como significado “sequestrar”.
Dessa forma, a definição de plágio sugere o uso da obra de outra pessoa sem a devida citação, sem relacionar a fonte ou conceder o crédito. O plágio, conforme falamos anteriormente, é passível de punição penal, já que é considerado um roubo intelectual.
O ato de plagiar é fácil, pois com o acesso à Internet, você pode simplesmente copiar uma obra de outro autor, sem fazer a devida referência. No entanto, suas consequências são graves. Ele pode influenciar na carreira profissional dos envolvidos, por exemplo.
Ao apresentar um artigo na universidade, o aluno pode utilizar trechos que já foram utilizados em outros trabalhos, através de obras de outros autores, mas se não fizer a referência da fonte, ele comete plágio.
Nessa situação, o professor responsável pela avaliação poderá punir seu aluno por uso indevido de obras de outros autores, mas é obrigação dele informar sobre a prática e alertar sobre os riscos, havendo ou não a punição.
O plágio pode ser aplicado em artigos de sites, obras literárias e também em música, imagens, vídeos e até mesmo coreografias, já que tudo é considerado propriedade intelectual.
O plágio deve ser entendido como roubo de qualquer propriedade intelectual ou fraude intelectual. Nas duas situações, o plágio é o uso de qualquer trecho ou arte sem creditar o artista responsável pela criação.
No entanto, ao longo do tempo, o que é plágio mudou, adequando-se à realidade dos tempos, à facilidade de acesso à informação. Atualmente, é muito mais simples encontrar conteúdos que são plagiados, pois alunos, por exemplo, tendem a alterar partes de um trabalho ou utilizar sinônimos na tentativa de não identificar o autor da obra. Porém, essa prática também é considerada plágio.
Deve-se sempre trabalhar de forma original, construindo-se um conteúdo criado por ideias próprias, mesmo que tenha influências de outros autores que apoiem a fundamentação das ideias.
E se houver qualquer menção à obra do autor, procure a referência correta, de acordo com os padrões ABNT, para não cometer nenhum erro.
Ao contrário do que se imagina, existem diversos tipos de plágios, que são eles:
As duas formas mais comuns atualmente são o autoplágio e o plágio em mosaico. Veja as definições de cada um deles a seguir!
Considera-se plágio direto a transcrição da palavra por palavra, de uma obra criada por outra pessoa, sem a atribuição necessária e sem o uso de aspas.
Essa é uma das práticas de plágio considerada como desonesta e antitética, e que pode ser passível de sanções, como: expulsão (em casos de trabalhos acadêmicos), e ações legais por apropriação de propriedade intelectual.
O plágio mosaico acontece quando são utilizadas frases de uma fonte sem o acréscimo de aspas, ou quando utiliza-se sinônimos para alterar o trecho da obra, mas mantendo-se a mesma estrutura que foi usada anteriormente.
Outra definição para esse tipo de plágio é “escrita patch”, que utiliza-se deste tipo de paráfrase, intencionalmente ou não. Ela também é passível de punição, mesmo se a obra estiver referenciada na bibliografia utilizada.
Este é o tipo de plágio ocorrido quando as fontes não são citadas, ou são citadas de forma incorreta. Ou quando se parafraseia uma das fontes com o uso de palavras semelhantes sem a intenção de fazê-lo.
O autoplágio ocorre quando é reutilizado um determinado trabalho sem que ocorra a permissão do professor, fazendo com que a obra própria seja plagiada, configurando o autoplágio.
Se a obra for publicada, o autor precisa ter em mente que deve citar todas as obras que foram utilizadas na criação do trabalho, mesmo que seja uma obra criada pelo mesmo autor.
Agora que você já sabe o que é plágio, chegou o momento de saber como evitá-lo. A partir do momento em que se entende todas as vertentes do plágio, siga algumas dicas para conseguir evitá-lo e usar as obras de outros autores corretamente:
Ao aludir a uma ideia ou texto que não seja seu, adicione uma citação em seu texto que identifique o nome completo da fonte, a data em que foi publicada e qualquer outro elemento de citação exigido pelo guia de estilo ao qual você está aderindo, de acordo com as normas da ABNT.
Se você inserir palavras de uma fonte em sua escrita, uma das maneiras mais simples de evitar o plágio é usar aspas ao redor do texto para denotar que as palavras não são suas.
Uma citação direta também deve citar a fonte para que os leitores saibam de quem é a citação.
Ao criar uma obra sobre um determinado tópico, algumas frases ou sentenças podem ficar semelhantes à obra que você está usando como inspiração, o que tornaria necessária a referenciação das fontes.
Em caso de dúvida, o uso de uma ferramenta de verificação de plágio online pode ajudá-lo a detectar esses problemas antes de enviar seu trabalho.
Agora que você já sabe o que é plágio, confira o nosso artigo: Propriedade industrial e direito autoral: Quais são as diferenças? E entenda mais sobre o assunto!
