A marca coletiva é um tipo de representação que vem ganhando bastante força nos últimos anos, desde em cenários de carros até refrigerantes. Mas você sabe como ela funciona? Para usar a imagem de uma marca é necessário passar por todo um trâmite de liberação, mas quando a sua empresa faz parte de um grupo de outras empresas, é bem provável que você possa fazer o uso da marca dos outros integrantes sem muita dificuldade, dando assim, o nome de marca coletiva.
A marca coletiva geralmente é usada por grupos de empresa que pertencem ao mesmo segmentos. Ela serve tanto para divulgação de um produto específico, carros, por exemplo, quanto para uma separação de valores, como: “essa empresa x faz parte do mesmo grupo que a empresa y e por isso são boas”.
A ideia aqui é que outras marcas parceiras possam usar a imagem da empresa em questão sem muita burocracia, como a licença de uso, por exemplo. Contudo, o titular e detentor dos direitos da marca pode estabelecer condições e proibições para o uso da imagem dele, por meio de regulamentação.
As marcas coletivas não se resumem a grandes empresas. Pessoas jurídicas que fazem partes de associações, cooperativas e pequenos grupos podem solicitar o registro da marca coletiva.
É muito importante fazer o registro para resguardar a sua imagem pois isso ajuda o detentor dos direitos a ter um maior controle sobre quem está fazendo uso dela. A certificação vale por 10 anos a partir do momento de registro, podendo ser prorrogado.
Qualquer pessoa que faça parte do grupo em questão pode fazer o uso da marca coletiva, desde que esteja de acordo com as regras do regulamento de utilização, termo esse obrigatório para o registro dela.
Por mais que a marca coletiva possa parecer uma ótima ideia de divulgação e prosperidade para o seu negócio, é importante ressaltar que o dono perde alguns pontos positivos se adotar outro modelo. Separamos quais as vantagens e desvantagens de usar uma marca coletiva.
Alguns pontos podem ser bem aproveitados nesse tipo de modelo, ainda mais para comércios e empresas que estão começando no mercado e não tem tanto capital para investir em divulgação, por exemplo.
Os custos com divulgação diminuem consideravelmente quando há marca coletiva. É possível abordar várias marcas em uma propaganda apenas, ou aparições específicas em outras propagandas das empresas do grupo. Essa é uma boa opção para quem tem segmentos que se completam, como comida e refrigerante.
Quando a empresa faz parte de um grupo em que há segmentos diferentes do dela, fica bem mais fácil o dono aprender sobre os outros mercados e se preparar melhor para tentar o novo tipo de abordagem.
Por geralmente começar com comerciantes pequenos, a marca coletiva pode ser uma ótima alternativa para a valorização tanto da cultura quanto do mercado local. Esse estímulo se dá devido ao crescimento que esse processo proporciona.
Mesmo contendo muitos benefícios, quem optar por esse tipo de abordagem deve estar ciente dos possíveis contras, ainda mais para quem está começando um negócio próprio e não tem muita experiência.
Por mais que na maioria das vezes os grupos participantes tenham segmentos em comum, é bem provável que um ou outro tenha um tipo de comércio que não combine mais tanto assim com o seu segmento, como tinha sido planejado. Isso pode gerar desconforto em alguns líderes.
Algumas instituições podem criar uma opinião equivocada sobre o valor real da sua marca, apenas olhando o crescimento. Quando há uma vinculação de uma empresa menor com a de uma consolidada no mercado, é normal que haja um crescimento. Mas isso não significa que a empresa que está crescendo tem um nível “superior” às demais, pois muitas vezes ela está sendo apenas levada pela onda da outra marca.
É muito importante ressaltar alguns cuidados que devem ser tomados, tanto ao formar um marca coletiva, como ao decorrer da sua existência. Essas questões devem ser abordadas em conjunto ou individualmente, dependendo do assunto em debate.
É de extrema necessidade que as marcas em conjunto estabeleçam limites até onde cada proprietário pode usufruir de determinada imagem. Isso evita abusos e desgastes entre os participantes.
Essa é uma das partes, senão a mais importante, quando o assunto é marca coletiva, pois ter a documentação e os procedimentos regulamentados de maneira correta, evita vários transtornos no futuro, além de dar segurança e exclusividade no segmento em que se está atuando.
Muita gente tem dúvidas quanto ao tipo de registro, tanto da marca coletiva quanto de uma marca qualquer, mas isso é algo bem simples. Enquanto uma marca normal usa apenas um dono como proprietário, na marca coletiva esse registro é feito através de uma associação ou uma cooperativa, sempre com um conjunto envolvido.
Além disso, outra diferença é com relação à definição na hora do registro. A marca de certificação é aquela que comprova a conformidade de um produto ou serviço prestado. Já a marca coletiva está relacionada à informar que uma empresa ou serviço faz parte de determinado grupo ou associação; É possível encontrar isso nos artigos 123, incisos II e III, da Lei 9.279/96.