Os tipos de plágio existentes no mercado podem comprometer o trabalho de uma marca em relação à construção do seu público. Uma empresa, independente do seu segmento, leva tempo para conseguir construir a sua marca, o que inclui logotipo, cores, fontes, traços e conteúdos. E leva um tempo até que o consumidor consiga se identificar com aquela imagem, associando a marca ao produto em questão.
Imagine se todo o trabalho realizado for copiado por outros e sua invenção acabar tendo que dividir o espaço no mercado com uma ou mais marcas que não tiveram o trabalho de construir esse projeto. Por isso, é importante registrar a marca e tratá-la como uma forma de investimento, em que o lucro será o reconhecimento e a história que está sendo construída.
Se está iniciando a sua empresa, mesmo que seja uma startup, é importante que você entenda o que é o plágio, quais são os seus tipos e saiba identificá-los para que a sua marca não sofra com cópias da sua propriedade intelectual.
O plagiarismo, ou o plágio, é o ato de apresentar ou assinar qualquer obra de natureza intelectual (que pode ser um texto, uma música, uma logo, uma fotografia, um vídeo etc), contendo trechos de obras apresentadas por outras pessoas, sem a devida menção.
As seguintes atitudes são entendidas como plágio:
No ambiente acadêmico, existem inúmeros casos de plágios, principalmente em graduação e pós graduação, nos trabalhos de conclusão de curso. Mas mesmo que tenha a autorização do autor, a cópia ainda é considerada plágio.
Em relação à conteúdos publicados em sites, blogs e os institucionais, a fonte precisa ser referenciada para que não seja considerada plágio, caso exista a cópia de um trecho ou de todo o texto.
No Direito Autoral, o plágio é citado e considerado crime, com previsão no Código Penal e na Lei dos Direitos Autorais.
O plágio é uma prática considerada antiética, e se for qualificado, pode ser considerado como violação dos direitos autorais aqui no Brasil.
Atualmente, é possível categorizar os inúmeros tipos de plágio, em segmentos maiores, para facilitar a identificação e a classificação, em caso de enquadramento de violação dos direitos autorais.
O plágio integral acontece quando é realizado a cópia completa, de todas as palavras, de imagens ou vídeos, sem que exista nenhuma modificação. Para os textos, existem ferramentas que auxiliam nessa pesquisa, mas para imagens e vídeos,a missão é um pouco mais complicada.
Já esse tipo de plágio ocorre quando existe a cópia parcial de um dos trechos publicados pelo autor, que pode ser um artigo, uma tese, um resumo, ou em casos de imagens e vídeos, pelo uso de trechos e/ou recortes, sem que a fonte seja citada, bem como a referenciação do autor.
Um exemplo são os artigos acadêmicos em que o aluno copia um trecho de um estudo publicado por um determinado autor, que teve todo o trabalho de pesquisa e atuação em campo. E o aluno apenas copiou aquele trecho e não citou adequadamente as fontes e a sua referência.
Isso é considerado plágio, ou seja, uma cópia de trabalho que não foi realizado pelo próprio aluno, o que caracteriza apropriação intelectual.
Esse é um tipo de plágio que mescla várias fontes, com cópias de trechos, formando um conteúdo, normalmente realizado com textos. E, além das cópias, o responsável pelo plágio realiza pequenas modificações para que os parágrafos não sejam tão parecidos com o original, sem fornecer os crédito. Essa é uma prática que também se classifica como plágio.
O plágio conceitual é quando os conceitos da obra de um determinado autor são utilizados para a criação de um trabalho acadêmico. Tal prática pode ser identificada com certa facilidade em teses apresentadas em mestrados e doutorados.
Os conceitos são utilizados como se fossem criados pelo próprio aluno, sem que as referências sejam citadas, quando na realidade, a ideia central não partiu dos seus estudos, mas sim de um autor que já publicou uma obra com o mesmo conceito.
O autoplágio, apesar de ser contraditório, é uma prática que está crescendo. É quando o plágio acontece em uma obra já publicada pelo mesmo autor, e ele publica essa nova obra, sem referenciação à antiga. Para ilustrar a prática, pense em um artigo que já foi publicado em uma revista, e, que tempos depois, é publicado em um congresso, com algumas alterações, mas sem qualquer referência à obra já publicada anteriormente.
Existem algumas formas de identificar se houve plágio em alguma obra, no entanto, a prática é mais eficiente quando falamos em obras textuais. Para imagens ou vídeos, essa pesquisa não é tão eficaz, uma vez que não existem ferramentas disponíveis para tal verificação.
Identificar o plágio em uma imagem é uma tarefa complexa, já que o mercado ainda não disponibilizou nenhuma ferramenta que seja eficaz nessa pesquisa.
O INPI – Instituto Nacional de Propriedade Intelectual, que é o órgão responsável pela informação de registro das marcas, não realiza monitoramento buscando marcas que realizaram plágio. Por isso, é primordial que essa pesquisa seja realizada pelo proprietário da marca, contando com uma assessoria jurídica.
Para verificação de textos, a identificação do plágio acaba se tornando mais simples, já que existem algumas ferramentas disponíveis no mercado para a pesquisa de plágios, que fazem uma verdadeira varredura na Internet atrás de similaridade entre conteúdos que já foram publicados.
Esses sistemas são encontrados em versões gratuitas, pagas, online e com instaladores. A escolha depende da quantidade de textos que serão pesquisados diariamente, do tamanho e da frequência dessa pesquisa. Conheça algumas das principais ferramentas do mercado:
Sua função é buscar similaridade dos termos escritos com trechos que já foram publicados e, caso sejam encontrados, devem estar evidenciados ao final da pesquisa.
Agora que você já sabe os tipos de plágio, confira o nosso artigo sobre Carta Patente! E entenda mais sobre o assunto!